22-03-2008, 07:53 PM
ArrayVamos por partes para não nos desentendermos outra vez... lol...
Por definição, é necessário respeitar os outros em qualquer local onde se esteja, por isso, concordo contigo inteiramente neste ponto.
"Pateta" é uma classificação subjectiva. O que é, realmente, objectivo, é que está a proceder mal, por isso concordo com o que disseste.
Na forma como colocaste a questão, não se trata de "confiscar". É pedir, ou melhor, SOLICITAR, ao aluno que entregue o telemóvel para que fique temporáriamente com o professor já que o aluno está a usá-lo para perturbar a aula. Eu CONCORDO com essa atitude. Mas, que fazer no caso de o aluno se recusar a entregar o telefone? Usar a força? De modo algum, o professor NÃO TEM esse direito. Foi o USO DA FORÇA que eu considerei e considero inadequado e, claro, ILEGAL. Deverá, em vez disso, desencadear os mecanismos previstos para o tratamento desses casos. Poderá exigir ao aluno que abandone a sala de aula com falta disciplinar e participação para o encarregado de educação. Se voltar a recusar-se, nesse caso, há outras medidas a ser tomadas que tu conheces bem melhor do que eu e que não implicam um comportamento violento da parte do professor ou algum responsável da escola.
Bem, no cinema, ou qualquer outro local, um telemóvel que não produza ruidos e que seja usado para receber ou enviar uma SMS não constitui uma falta de respeito para ninguém, já que não é um elemento que possa considerar-se perturbador para as outras pessoas a não ser que se trate de um mero capricho que não deve ser levado em conta. De resto, concordo em absoluto com o que dizes, cada pessoa deve ser responsável no uso que faz das coisas que tem.
Em rigor, penso que os pais são responsáveis pelos seus filhos, não são donos deles. O que pretendo eu dizer com isto? Pretendo dizer que um pai não pode, nem por escrito nem por via verbal, autorizar uma outra pessoa a exercer violência sobre o seu filho ou privá-lo dos seus direitos. Neste caso, a lei ou a constituição, são coisas relevantes. Quanto muito, pode dizer-se que é supérflua a sua invocação, mas não deixa de ser relevante implicitamente.
Ou seja, se fosse encarregado de educação de um aluno teu e marcasses uma reunião comigo para me dizer que lhe tinhas tirado o telefone, eu pediria desculpa pelo sucedido e tomaria as medidas necessárias para diminuir as probabilidades de repetição desse evento. Se me dissesses que lhe tinhas batido para lhe tirar o telemóvel, então sim, estarias a violar a LEI. Foi isso que eu critiquei desde o princípio, os métodos violentos e reprodutores de violência que foram sugeridos (não por ti) para resolver os problemas.
Toda a minha educação, desde cedo, foi fundamentada em valores que promoviam e justificavam a violência. Tanto em casa como na escola, tudo predispunha para a violência e para o uso de violência como forma de resolução dos problemas ou, simplesmente, de afirmação pessoal. Talvez seja por isso que me considero, hoje, uma pessoa violenta e com predisposição para comportamentos físicamente agressivos. São impulsos que me esforço por controlar acima de tudo porque, se a violência me ensinou alguma coisa, é que não leva a nada de bom. Acho certo que se procure controlar a violência nas escolas, mas é algo que deve ser feito através de uma via construtiva e não pela via da reprodução dos problemas que já existem.[/quote]
Toda a violencia, verbal, psicológica ou física, usada contra outro num meio educativo é reprovável.
O menino devia entregar o que se lhe pede assim que solicitado. Não o faz e goza.
O professor dirige-se ao local e tira o objecto. Alguma violência nisto? Não. Cumpriu o que está determinado.
O menino resiste e volta a pegar na objecto e tenta tirar da mão do docente à força, berrando e ameaçando. Violência? Claro.
O professor no meio do grupo, insultado e desrespeitado atinge (sem querer?) o menino com um braço. Violência? Vão dizer que sim, processo disciplinar e punição que pode ir ao afastamento do ensino.
O menino, para alem das palavras, muitas vezes cuspidelas e sinais obscenos ainda atinge o professor ao pontapé. Violencia? Sem a mais pequena dúvida e de várias formas. Registo de ocorrencia e no máximo 10 dias de suspensão sem consequencias (não há faltas...).
O que o video mostra é uma turma completamente disfuncional e com comportamento pateta. Não são certamente, mas na ocasião portaram-se assim e eles próprios se filmaram para não deixar duvidas.
O que o video mostra é uma professora a tentar sair da sala para chamar alguem ou para mandar sair a menina e a ser impedida de o fazer por vários colegas da menina... não a vejo arrancar nenhum tlm à força nem a exercer violencia, antes pelo contrário: essas atitudes são dos alunos, os que fazem, os que gozam e os que filmam. Sabes que não se pode colocar imagens ou videos com pessoas identificáveis em lugar publico sem o seu consentimento?... nisso o youtube (e os media) tb são poços de virtudes... Isto num país a sério dava processo ao menino da camara e uma boa maquia para os pais pagarem.
Mas siga, termino como comecei: coisas piores passam-se há vários anos sem ser "noticia", acho piada este acordar, vai durar 2 semanas ou 3 e depois volta ao esquecimento. A Constuição garante a integridade física de todos. Não autoriza a que se faça o que se quer e não se cumpram as regras próprias dos locais, quer regras do costume quer regras escritas.
Finalizo ainda dizendo que não subscrevo e repudio na totalidade as soluções milagrosas tipo "casca grossa", com métodos do "antigamente" (por alguma razão se chama assim), utilizando objectos de agressão para castigar fisicamente alunos; qualquer professor que pensa, diga ou actue dessa maneira não merece ser chamado de educador e está na profissão errada. Acho lamentável que se pense que se combate este problema criando outro e se combata o desrespeito de uns com um desrespeito ainda maior e mais condenável de outros.
ps: nota à margem... nos cinemas, teatros e outros locais pede-se para desligar telemoveis, não se diz para não telefonar mas mandar sms não tem problema. Se lutar contra isso é ser caprichoso então sou. Já estive mais de uma vez numa sala escura a ver um filme e ao lado ou na frente ter vários "espectadores" que passaram todo o tempo a ligar os telemoveis e a ler e enviar sms. Aquelas luzes talvez não incomodem e distraiam ninguem, mas por acaso a mim fazem isso. Deve ser por ter sido habituado pelos pais a ver cinema, calado e às escuras antes de inventarem as pipocas e o comentário oral ao que se vÊ na tela como se estivessem em casa a ver televisão... :confused:
Por definição, é necessário respeitar os outros em qualquer local onde se esteja, por isso, concordo contigo inteiramente neste ponto.
"Pateta" é uma classificação subjectiva. O que é, realmente, objectivo, é que está a proceder mal, por isso concordo com o que disseste.
Na forma como colocaste a questão, não se trata de "confiscar". É pedir, ou melhor, SOLICITAR, ao aluno que entregue o telemóvel para que fique temporáriamente com o professor já que o aluno está a usá-lo para perturbar a aula. Eu CONCORDO com essa atitude. Mas, que fazer no caso de o aluno se recusar a entregar o telefone? Usar a força? De modo algum, o professor NÃO TEM esse direito. Foi o USO DA FORÇA que eu considerei e considero inadequado e, claro, ILEGAL. Deverá, em vez disso, desencadear os mecanismos previstos para o tratamento desses casos. Poderá exigir ao aluno que abandone a sala de aula com falta disciplinar e participação para o encarregado de educação. Se voltar a recusar-se, nesse caso, há outras medidas a ser tomadas que tu conheces bem melhor do que eu e que não implicam um comportamento violento da parte do professor ou algum responsável da escola.
Bem, no cinema, ou qualquer outro local, um telemóvel que não produza ruidos e que seja usado para receber ou enviar uma SMS não constitui uma falta de respeito para ninguém, já que não é um elemento que possa considerar-se perturbador para as outras pessoas a não ser que se trate de um mero capricho que não deve ser levado em conta. De resto, concordo em absoluto com o que dizes, cada pessoa deve ser responsável no uso que faz das coisas que tem.
Em rigor, penso que os pais são responsáveis pelos seus filhos, não são donos deles. O que pretendo eu dizer com isto? Pretendo dizer que um pai não pode, nem por escrito nem por via verbal, autorizar uma outra pessoa a exercer violência sobre o seu filho ou privá-lo dos seus direitos. Neste caso, a lei ou a constituição, são coisas relevantes. Quanto muito, pode dizer-se que é supérflua a sua invocação, mas não deixa de ser relevante implicitamente.
Ou seja, se fosse encarregado de educação de um aluno teu e marcasses uma reunião comigo para me dizer que lhe tinhas tirado o telefone, eu pediria desculpa pelo sucedido e tomaria as medidas necessárias para diminuir as probabilidades de repetição desse evento. Se me dissesses que lhe tinhas batido para lhe tirar o telemóvel, então sim, estarias a violar a LEI. Foi isso que eu critiquei desde o princípio, os métodos violentos e reprodutores de violência que foram sugeridos (não por ti) para resolver os problemas.
Toda a minha educação, desde cedo, foi fundamentada em valores que promoviam e justificavam a violência. Tanto em casa como na escola, tudo predispunha para a violência e para o uso de violência como forma de resolução dos problemas ou, simplesmente, de afirmação pessoal. Talvez seja por isso que me considero, hoje, uma pessoa violenta e com predisposição para comportamentos físicamente agressivos. São impulsos que me esforço por controlar acima de tudo porque, se a violência me ensinou alguma coisa, é que não leva a nada de bom. Acho certo que se procure controlar a violência nas escolas, mas é algo que deve ser feito através de uma via construtiva e não pela via da reprodução dos problemas que já existem.[/quote]
Toda a violencia, verbal, psicológica ou física, usada contra outro num meio educativo é reprovável.
O menino devia entregar o que se lhe pede assim que solicitado. Não o faz e goza.
O professor dirige-se ao local e tira o objecto. Alguma violência nisto? Não. Cumpriu o que está determinado.
O menino resiste e volta a pegar na objecto e tenta tirar da mão do docente à força, berrando e ameaçando. Violência? Claro.
O professor no meio do grupo, insultado e desrespeitado atinge (sem querer?) o menino com um braço. Violência? Vão dizer que sim, processo disciplinar e punição que pode ir ao afastamento do ensino.
O menino, para alem das palavras, muitas vezes cuspidelas e sinais obscenos ainda atinge o professor ao pontapé. Violencia? Sem a mais pequena dúvida e de várias formas. Registo de ocorrencia e no máximo 10 dias de suspensão sem consequencias (não há faltas...).
O que o video mostra é uma turma completamente disfuncional e com comportamento pateta. Não são certamente, mas na ocasião portaram-se assim e eles próprios se filmaram para não deixar duvidas.
O que o video mostra é uma professora a tentar sair da sala para chamar alguem ou para mandar sair a menina e a ser impedida de o fazer por vários colegas da menina... não a vejo arrancar nenhum tlm à força nem a exercer violencia, antes pelo contrário: essas atitudes são dos alunos, os que fazem, os que gozam e os que filmam. Sabes que não se pode colocar imagens ou videos com pessoas identificáveis em lugar publico sem o seu consentimento?... nisso o youtube (e os media) tb são poços de virtudes... Isto num país a sério dava processo ao menino da camara e uma boa maquia para os pais pagarem.
Mas siga, termino como comecei: coisas piores passam-se há vários anos sem ser "noticia", acho piada este acordar, vai durar 2 semanas ou 3 e depois volta ao esquecimento. A Constuição garante a integridade física de todos. Não autoriza a que se faça o que se quer e não se cumpram as regras próprias dos locais, quer regras do costume quer regras escritas.
Finalizo ainda dizendo que não subscrevo e repudio na totalidade as soluções milagrosas tipo "casca grossa", com métodos do "antigamente" (por alguma razão se chama assim), utilizando objectos de agressão para castigar fisicamente alunos; qualquer professor que pensa, diga ou actue dessa maneira não merece ser chamado de educador e está na profissão errada. Acho lamentável que se pense que se combate este problema criando outro e se combata o desrespeito de uns com um desrespeito ainda maior e mais condenável de outros.
ps: nota à margem... nos cinemas, teatros e outros locais pede-se para desligar telemoveis, não se diz para não telefonar mas mandar sms não tem problema. Se lutar contra isso é ser caprichoso então sou. Já estive mais de uma vez numa sala escura a ver um filme e ao lado ou na frente ter vários "espectadores" que passaram todo o tempo a ligar os telemoveis e a ler e enviar sms. Aquelas luzes talvez não incomodem e distraiam ninguem, mas por acaso a mim fazem isso. Deve ser por ter sido habituado pelos pais a ver cinema, calado e às escuras antes de inventarem as pipocas e o comentário oral ao que se vÊ na tela como se estivessem em casa a ver televisão... :confused:
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I know you believe you understand what you think I said, but I am not sure you realize that what you heard is not what I meant....
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