22-03-2008, 06:43 PM
Vamos por partes para não nos desentendermos outra vez... lol...
ArrayVejamos: um telemovel, serve para telefonar e receber chamadas. Num cinema, numa igreja, teatro ou qualquer local em que se tenha de respeitar os outros e a actividade que decorre é boa educação (acho que até é elementar) não usar o telemovel, mesmo.[/quote]
Por definição, é necessário respeitar os outros em qualquer local onde se esteja, por isso, concordo contigo inteiramente neste ponto.
ArrayNuma aula a actividade é aprender, falar dos temas em discussão com os outros, interrogar, estar atento, trabalhar, responder, pensar... qualquer aluno que, sem justificação, necessidade ou autorização se distrai ou distrai os outros utilizando o telemovel não está a respeitar nada, nem a ele. Está simplesmente a ser pateta.[/quote]
"Pateta" é uma classificação subjectiva. O que é, realmente, objectivo, é que está a proceder mal, por isso concordo com o que disseste.
ArrayNinguem de bom senso chega a uma medida extrema (como pedir apenas para guardar o tlm até ao fim da aula, isto é confiscar?) sem antes por N vezes e com muita paciencia pedir para guardar o aparelho. Estas coisas não aparecem assim do nada porque "me apetece", muitas vezes conscientemente ou não o aluno força a nota para ver até onde conegue ir e qual a capacidade de impor regras do docente. Pensar de forma diferente é colocar os anjos nas cadeiras e o diabo na secretária.[/quote]
Na forma como colocaste a questão, não se trata de "confiscar". É pedir, ou melhor, SOLICITAR, ao aluno que entregue o telemóvel para que fique temporáriamente com o professor já que o aluno está a usá-lo para perturbar a aula. Eu CONCORDO com essa atitude. Mas, que fazer no caso de o aluno se recusar a entregar o telefone? Usar a força? De modo algum, o professor NÃO TEM esse direito. Foi o USO DA FORÇA que eu considerei e considero inadequado e, claro, ILEGAL. Deverá, em vez disso, desencadear os mecanismos previstos para o tratamento desses casos. Poderá exigir ao aluno que abandone a sala de aula com falta disciplinar e participação para o encarregado de educação. Se voltar a recusar-se, nesse caso, há outras medidas a ser tomadas que tu conheces bem melhor do que eu e que não implicam um comportamento violento da parte do professor ou algum responsável da escola.
ArrayComo já te expliquei, desde que haja razões fortes, justificadas e não frequentes (apenas em caso de força maior) é possível dar autorização ao aluno para directa ou indirectamente (atraves de uma funcionária ou do telefone da escola) comunicar com o EE por motivo inadiável e urgente.
A bem e com consentimento claro que é possível... agora, exactamente por ser o seu telemovel tem de ter responsabilidade no seu uso, que pela experiencia que tenho (e não só de jovens, adultos bem cotas) manifestamente não se tem (por ex: cinema) e se coloca o tlm em cima da mesa para estar com atenção ao sms do amigo ou combinar qualquer coisa que, obviamente, não pode esperar pelo intervalo...:notrust:
Se os pais não impoem aos filhos responsabilidade e um uso ético daquilo que se tem, a escola tem, pelo menos no seu espaço de acção, mostrar que há limites, motivos e tempos para as coisas.[/quote]
Bem, no cinema, ou qualquer outro local, um telemóvel que não produza ruidos e que seja usado para receber ou enviar uma SMS não constitui uma falta de respeito para ninguém, já que não é um elemento que possa considerar-se perturbador para as outras pessoas a não ser que se trate de um mero capricho que não deve ser levado em conta. De resto, concordo em absoluto com o que dizes, cada pessoa deve ser responsável no uso que faz das coisas que tem.
ArrayLegalmente e perante a escola, os pais são "donos" mesmo dos seus filhos, são eles que compram e autorizam os filhos levarem certas coisas. Os responsáveis pelos problemas dos filhos são os pais, pelo menos enquanto aqueles forem menores.
Falei de objectos que a regulamento da escola não permite que se use ou se traga para a escola. Em geral.
Nunca me aconteceu ver um EE invocar a Constituição para contrariar uma decisão de rertirar o tlm (ou psp ou gameboy ou mp3) a um aluno para lhe entregar, concordam, pedem desculpa e avisam o filho. Com todo o respeito, acho esse argumento absurdo. Não é ter ou usar, é o local, motivo e ocasião do uso que tem de ser respeitado.[/quote]
Em rigor, penso que os pais são responsáveis pelos seus filhos, não são donos deles. O que pretendo eu dizer com isto? Pretendo dizer que um pai não pode, nem por escrito nem por via verbal, autorizar uma outra pessoa a exercer violência sobre o seu filho ou privá-lo dos seus direitos. Neste caso, a lei ou a constituição, são coisas relevantes. Quanto muito, pode dizer-se que é supérflua a sua invocação, mas não deixa de ser relevante implicitamente.
Ou seja, se fosse encarregado de educação de um aluno teu e marcasses uma reunião comigo para me dizer que lhe tinhas tirado o telefone, eu pediria desculpa pelo sucedido e tomaria as medidas necessárias para diminuir as probabilidades de repetição desse evento. Se me dissesses que lhe tinhas batido para lhe tirar o telemóvel, então sim, estarias a violar a LEI. Foi isso que eu critiquei desde o princípio, os métodos violentos e reprodutores de violência que foram sugeridos (não por ti) para resolver os problemas.
Toda a minha educação, desde cedo, foi fundamentada em valores que promoviam e justificavam a violência. Tanto em casa como na escola, tudo predispunha para a violência e para o uso de violência como forma de resolução dos problemas ou, simplesmente, de afirmação pessoal. Talvez seja por isso que me considero, hoje, uma pessoa violenta e com predisposição para comportamentos físicamente agressivos. São impulsos que me esforço por controlar acima de tudo porque, se a violência me ensinou alguma coisa, é que não leva a nada de bom. Acho certo que se procure controlar a violência nas escolas, mas é algo que deve ser feito através de uma via construtiva e não pela via da reprodução dos problemas que já existem.
ArrayVejamos: um telemovel, serve para telefonar e receber chamadas. Num cinema, numa igreja, teatro ou qualquer local em que se tenha de respeitar os outros e a actividade que decorre é boa educação (acho que até é elementar) não usar o telemovel, mesmo.[/quote]
Por definição, é necessário respeitar os outros em qualquer local onde se esteja, por isso, concordo contigo inteiramente neste ponto.
ArrayNuma aula a actividade é aprender, falar dos temas em discussão com os outros, interrogar, estar atento, trabalhar, responder, pensar... qualquer aluno que, sem justificação, necessidade ou autorização se distrai ou distrai os outros utilizando o telemovel não está a respeitar nada, nem a ele. Está simplesmente a ser pateta.[/quote]
"Pateta" é uma classificação subjectiva. O que é, realmente, objectivo, é que está a proceder mal, por isso concordo com o que disseste.
ArrayNinguem de bom senso chega a uma medida extrema (como pedir apenas para guardar o tlm até ao fim da aula, isto é confiscar?) sem antes por N vezes e com muita paciencia pedir para guardar o aparelho. Estas coisas não aparecem assim do nada porque "me apetece", muitas vezes conscientemente ou não o aluno força a nota para ver até onde conegue ir e qual a capacidade de impor regras do docente. Pensar de forma diferente é colocar os anjos nas cadeiras e o diabo na secretária.[/quote]
Na forma como colocaste a questão, não se trata de "confiscar". É pedir, ou melhor, SOLICITAR, ao aluno que entregue o telemóvel para que fique temporáriamente com o professor já que o aluno está a usá-lo para perturbar a aula. Eu CONCORDO com essa atitude. Mas, que fazer no caso de o aluno se recusar a entregar o telefone? Usar a força? De modo algum, o professor NÃO TEM esse direito. Foi o USO DA FORÇA que eu considerei e considero inadequado e, claro, ILEGAL. Deverá, em vez disso, desencadear os mecanismos previstos para o tratamento desses casos. Poderá exigir ao aluno que abandone a sala de aula com falta disciplinar e participação para o encarregado de educação. Se voltar a recusar-se, nesse caso, há outras medidas a ser tomadas que tu conheces bem melhor do que eu e que não implicam um comportamento violento da parte do professor ou algum responsável da escola.
ArrayComo já te expliquei, desde que haja razões fortes, justificadas e não frequentes (apenas em caso de força maior) é possível dar autorização ao aluno para directa ou indirectamente (atraves de uma funcionária ou do telefone da escola) comunicar com o EE por motivo inadiável e urgente.
A bem e com consentimento claro que é possível... agora, exactamente por ser o seu telemovel tem de ter responsabilidade no seu uso, que pela experiencia que tenho (e não só de jovens, adultos bem cotas) manifestamente não se tem (por ex: cinema) e se coloca o tlm em cima da mesa para estar com atenção ao sms do amigo ou combinar qualquer coisa que, obviamente, não pode esperar pelo intervalo...:notrust:
Se os pais não impoem aos filhos responsabilidade e um uso ético daquilo que se tem, a escola tem, pelo menos no seu espaço de acção, mostrar que há limites, motivos e tempos para as coisas.[/quote]
Bem, no cinema, ou qualquer outro local, um telemóvel que não produza ruidos e que seja usado para receber ou enviar uma SMS não constitui uma falta de respeito para ninguém, já que não é um elemento que possa considerar-se perturbador para as outras pessoas a não ser que se trate de um mero capricho que não deve ser levado em conta. De resto, concordo em absoluto com o que dizes, cada pessoa deve ser responsável no uso que faz das coisas que tem.
ArrayLegalmente e perante a escola, os pais são "donos" mesmo dos seus filhos, são eles que compram e autorizam os filhos levarem certas coisas. Os responsáveis pelos problemas dos filhos são os pais, pelo menos enquanto aqueles forem menores.
Falei de objectos que a regulamento da escola não permite que se use ou se traga para a escola. Em geral.
Nunca me aconteceu ver um EE invocar a Constituição para contrariar uma decisão de rertirar o tlm (ou psp ou gameboy ou mp3) a um aluno para lhe entregar, concordam, pedem desculpa e avisam o filho. Com todo o respeito, acho esse argumento absurdo. Não é ter ou usar, é o local, motivo e ocasião do uso que tem de ser respeitado.[/quote]
Em rigor, penso que os pais são responsáveis pelos seus filhos, não são donos deles. O que pretendo eu dizer com isto? Pretendo dizer que um pai não pode, nem por escrito nem por via verbal, autorizar uma outra pessoa a exercer violência sobre o seu filho ou privá-lo dos seus direitos. Neste caso, a lei ou a constituição, são coisas relevantes. Quanto muito, pode dizer-se que é supérflua a sua invocação, mas não deixa de ser relevante implicitamente.
Ou seja, se fosse encarregado de educação de um aluno teu e marcasses uma reunião comigo para me dizer que lhe tinhas tirado o telefone, eu pediria desculpa pelo sucedido e tomaria as medidas necessárias para diminuir as probabilidades de repetição desse evento. Se me dissesses que lhe tinhas batido para lhe tirar o telemóvel, então sim, estarias a violar a LEI. Foi isso que eu critiquei desde o princípio, os métodos violentos e reprodutores de violência que foram sugeridos (não por ti) para resolver os problemas.
Toda a minha educação, desde cedo, foi fundamentada em valores que promoviam e justificavam a violência. Tanto em casa como na escola, tudo predispunha para a violência e para o uso de violência como forma de resolução dos problemas ou, simplesmente, de afirmação pessoal. Talvez seja por isso que me considero, hoje, uma pessoa violenta e com predisposição para comportamentos físicamente agressivos. São impulsos que me esforço por controlar acima de tudo porque, se a violência me ensinou alguma coisa, é que não leva a nada de bom. Acho certo que se procure controlar a violência nas escolas, mas é algo que deve ser feito através de uma via construtiva e não pela via da reprodução dos problemas que já existem.